23.3.08



o.Õ




















em busca.


sempre buscamos
o quê, nunca sabemos ao certo
mas buscamos...
sedentos de algo que não imaginamos
mas que se faz presente sempre
quando buscamos.
elementar meus caros
a essência é a eterna busca
e o eterno desencontro da coisa buscada
rebuscamos palavras pra explicar
o que silêncios explicam doce e simplesmente.
não há encontro com nada
nadamos nessa profunda incerteza
enquanto a correnteza nos leva
exibindo o óbvio
mas fechamos os olhos
e nos deixamos levar pelo ópio.


sem métrica seeeeem métrica
seeeeeeeeeeeeeeeeeem rima!


ps. sem conteúdo, acrescente a gosto.

4 comentários:

Rafael disse...

Existe algo. Um algo que existe lá fora ou não, mas somos sedentos por esse algo. Buscamos algo que falta, incessantemente. Somos sedentos pela complementariedade que parece tão ausente.

A natureza crua e materialista simplesmente não nos basta, queremos encontrar a essência do inalcançável, o fundo do abismo infinito - será não finito mesmo?

E se não buscássemos esse além, não seríamos nós, humanos, seres racionais. Enquanto houver raça humana, haverá a angústia de não se alcançar a essência plena das coisas, da natureza e de nós mesmos.

Um beijo pra querida Clarissa. :*

Gabriel Aires Guedes disse...

Escrever num estilo livre é algo libertador... Parece óbvio, eu sei... Mas esse tipo de poema é extremamente profundo... O desligamento de qualquer tipo de regra formal torna o vínculo das palavras com os reais sentimentos do autor muito mais estreito.

E...

Putz... Esse ficou muito bom mesmo! Meus parabéns.

Mas sim... A busca, seja lá pelo que for é constante... E quando se acha algo, outra coisa acaba ficando perdida pelo caminho... E há tantos caminhos a trilhar... É fácil se achar perdido em meio a eles...

Beijo!

Gabriel Aires Guedes disse...

Tá ficando perigosa com esse seu blog , ein?!

\o/

Unknown disse...

Não sei se ocorre com vc,mas quando escrevo poesias assim sem metrica e rima e sem nada...sinto como se num passassem de rabiscos ilogicos,os meus realmente são assim[salve,salve a escrita automatica,que faz com que isso seja arte]...hehehehe,mas eu gostei da ligação entre a foto e o "elementar meus caros",belo!

PS:Apenas um devaneio que me invadiu agora:
"o refugio que o escrever nos dá as vezes é mais aconchegante que qualquer doce lar...por isso tire a vida,mas não o lápis de um poeta,pois seria doloroso viver sem compartilhar com o papel,esse amigo intimo,nossos mais doces segredos..." e de fato ás vezes seria...
beijus