o.Õ

em busca.
sempre buscamos
o quê, nunca sabemos ao certo
mas buscamos...
sedentos de algo que não imaginamos
mas que se faz presente sempre
quando buscamos.
elementar meus caros
a essência é a eterna busca
e o eterno desencontro da coisa buscada
rebuscamos palavras pra explicar
o que silêncios explicam doce e simplesmente.
não há encontro com nada
nadamos nessa profunda incerteza
enquanto a correnteza nos leva
exibindo o óbvio
mas fechamos os olhos
e nos deixamos levar pelo ópio.
sem métrica seeeeem métrica
seeeeeeeeeeeeeeeeeem rima!
ps. sem conteúdo, acrescente a gosto.
4 comentários:
Existe algo. Um algo que existe lá fora ou não, mas somos sedentos por esse algo. Buscamos algo que falta, incessantemente. Somos sedentos pela complementariedade que parece tão ausente.
A natureza crua e materialista simplesmente não nos basta, queremos encontrar a essência do inalcançável, o fundo do abismo infinito - será não finito mesmo?
E se não buscássemos esse além, não seríamos nós, humanos, seres racionais. Enquanto houver raça humana, haverá a angústia de não se alcançar a essência plena das coisas, da natureza e de nós mesmos.
Um beijo pra querida Clarissa. :*
Escrever num estilo livre é algo libertador... Parece óbvio, eu sei... Mas esse tipo de poema é extremamente profundo... O desligamento de qualquer tipo de regra formal torna o vínculo das palavras com os reais sentimentos do autor muito mais estreito.
E...
Putz... Esse ficou muito bom mesmo! Meus parabéns.
Mas sim... A busca, seja lá pelo que for é constante... E quando se acha algo, outra coisa acaba ficando perdida pelo caminho... E há tantos caminhos a trilhar... É fácil se achar perdido em meio a eles...
Beijo!
Tá ficando perigosa com esse seu blog , ein?!
\o/
Não sei se ocorre com vc,mas quando escrevo poesias assim sem metrica e rima e sem nada...sinto como se num passassem de rabiscos ilogicos,os meus realmente são assim[salve,salve a escrita automatica,que faz com que isso seja arte]...hehehehe,mas eu gostei da ligação entre a foto e o "elementar meus caros",belo!
PS:Apenas um devaneio que me invadiu agora:
"o refugio que o escrever nos dá as vezes é mais aconchegante que qualquer doce lar...por isso tire a vida,mas não o lápis de um poeta,pois seria doloroso viver sem compartilhar com o papel,esse amigo intimo,nossos mais doces segredos..." e de fato ás vezes seria...
beijus
Postar um comentário