
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
Ferreira Gullar
Não há vagas pra mim, pra você nem pra ninguém que tenha grandes sonhos..
tipo..o cara do "I have dream" sabe?!
não tem espaço pra gente cara!
acorda..vamos ser alternativos..
Marginalizando..comendo a sociedade pelas beiradas..
friamente..como mingal! :P~
acho que quando chegar-mos ao centro..teremos mudado bastante coisa!
em nós, e nela..
porque ninguém é o mesmo depois que come algo..e esse algo não será mais o mesmo depois de comido.
uow, mow viagem :D
1 comentários:
Putz, esse poema do Ferreira Gullar é muito bom
Agora... A tua reflexão tá excelente, hahaha... De alguma forma ficou engraçada.
E... quando chegarmos ao centro eu diria que... teríamos uma enorme dor de barriga, haha!
Um beijo!
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